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O Tesouro de Algarve

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  Quando eu era criança – e isso já faz tanto tempo que parece que aconteceu em uma outra vida – uma das minhas brincadeiras preferidas era escavar os jardins das casas por onde moramos. Na minha imaginação, eu iria encontrar vários tesouros, claro. Nunca os encontrei. Na prática, minhas buscas serviram para matar muitas das plantas da minha finada tia ou para machucar as pontas dos meus dedos, um sem-número de vezes, nos cacos de vidro perdidos no jardim. Também aproveitei, em mais de uma oportunidade, para enriquecer minha dieta com o ferro depositado no solo: sim, eu comia terra – hoje, comenta-se que o hábito de comer terra pode ter relação com a ausência desse micronutriente na alimentação. No meu caso, esse entendimento nutricional, se for verdadeiro, é perfeitamente aplicável: do que eu me lembre, não foram raras as refeições da minha infância nas quais não havia proteína de origem animal. Por comer terra, consequentemente, eu tive verminose mais de uma vez – daí que eu ta

Trinta Anos

  Trinta Anos   Se a vida fosse uma imensa biblioteca, vocês seriam um volume duplo, desses que precisam ser lidos juntos: um completa o outro. Dois livros em um só, com muitas histórias – não necessariamente bonitas, mas sempre marcantes. Haveria dramas, sim. Tragédias também – mas haveria a vida chegando duas vezes: Julia e Fernando. Haveria aqueles projetos que deram errado e também aquelas coisas que deram certo mesmo sem terem sido planejadas. A família estaria lá e também muitos amigos, em várias páginas: todos juntos. Tudo junto (porque esse é um detalhe importante da vida: acontece de uma vez só, sem ensaios). Haveria os momentos de fome, os tempos de fartura. Os dias de corrida na chuva e as noites frias de aconchego no sofá. Um dia de tédio, duas noites de puro divertimento e uma semana inteira de mútua companhia. Se a vida fosse uma imensa biblioteca, vocês seriam aquele livro que muita gente pode ler e não entender direito e que muitos outros poderão ler para aprender

Café com bolo

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Café com bolo Tenho uma cafeteira italiana que é um charme. Então, quando estou revisando texto, eventualmente, eu aproveito uma das pausas para tomar uma xícara de café fresco, sem açúcar,  feito com o pó adquirido em Santos, na histórica região do Valongo, num lugar que tem um atendimento maravilhoso e que mói o produto na hora. A cafeteira é bem rápida e, normalmente, isso basta para reanimar os meus neurônios que, de vez em quando, ficam adormecidos pelo excesso de atenção requerida para encontrar os erros escondidos nos textos dos meus clientes. Aproveitando as pausas, eu também costumo dar umas caminhadas pela horta e pelo pomar, principalmente porque, depois das 15 horas, o sol filtra-se com uma luminosidade de cinema nesta parte da casa. A atmosfera do cair da tarde, o silêncio da cidade (nem parece que eu moro na região central) e o canto dos passarinhos ficam ainda melhores com o delicioso aroma que emana dos fundos de uma loja que vende os próprios bolos caseiros que prepara

Quinteto Etílico

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  Quinteto Etílico Ninguém pareceu levar muito a sério a ideia de fazer um curso básico sobre vinho transmitido pela internet. Porém, aos poucos, a coisa foi tomando forma. Um fez a inscrição, o outro fez também e, logo, quase todo mundo tinha feito. Sendo todos clientes regulares da empresa promotora do curso – que, em verdade, é uma importante distribuidora da bebida no Brasil – ficou fácil chegar à ideia de comprarmos um kit com as quatro garrafas e assistirmos juntos as aulas. Só que a ideia foi melhorada: ao invés de comprar o kit pronto e aguardar sua chegada pelos meios de entrega de praxe, poderíamos economizar o frete e o tempo da espera se comprássemos os vinhos no comércio da cidade. Isso contribuiria para a economia local e nos ajudaria a entender melhor os vários detalhes dos vinhos listados no kit. Em outras palavras: começaríamos a aprender mesmo antes de as aulas acontecerem! Dona de um senso prático imbatível, a professora de artes se encarregou de fazer as busca

Festival Frutos da Terra

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Festival Frutos da Terra Diversão, lazer e música estão garantidos no festival, que busca divulgar e incentivar os artistas de Itanhaém. Quando Dia 27/12/2019 (sexta-feira) Grupo 40 graus (pagode 1990) DJ Everton Carlos Augusto (pop rock nacional) Serão duas bandas por dia, a partir das 19h50. Onde Praça 22 de Abril Fonte: http://www2.itanhaem.sp.gov.br/2019/12/23/talentos-locais-festival-frutos-da-terra-inicia-nesta-sexta/

Verão Náutico de Itanhaém

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O primeiro Verão Náutico de Itanhaém acontecerá no próximo sábado, dia 28/12/19. É uma atividade para quem curte passeios de barcos ou lanchas -- e para quem gosta de estar em contato com a natureza. Os interessados poderão participar do evento com suas próprias embarcações. O ponto de encontro será na Boca da Barra , a partir das 11 horas, e contará com atrações como DJ Rubinho e a banda Jozés , com encerramento previsto para às 16 horas. Os participantes acompanharão a navegação, que fará um trajeto de 2 km até o banco de areia, onde ocorrerão os shows. Fonte: http://www2.itanhaem.sp.gov.br/2019/12/23/va-de-barco-primeiro-verao-nautico-de-itanhaem-acontece-neste-sabado/

Olha o Gááááás!

Olha o Gááááás! O dia a dia da escola gira em torno das crianças. Nas férias, o ambiente, desprovido dos alunos, fica estranhamente vazio, pois o lugar não é o mesmo sem seus agitados protagonistas. Reina, por toda parte, uma calmaria contagiante. O recesso escolar deste julho poderia ter sido mais um típico período de tranquilidade dentro da escola se não fosse uma novidade. Acontece que, desta vez, os reeducandos do sistema prisional da região foram admitidos na escola por alguns dias. Eles não foram ocupar as carteiras escolares vazias, na ausência dos alunos. Não: sua presença na escola estava vinculada ao trabalho que eles podem realizar para redução dos dias de reclusão e progressão da pena. No caso da nossa escola, os prisioneiros foram destacados para ajudar na manutenção, principalmente se ocupando da pintura dos espaços. O trabalho ficou ótimo. Quando as crianças voltaram do recesso, encontraram uma escola bem mais bonita e organizada: as paredes pareciam novas! R

Breves Notícias de Itanhaém - Chuvas - Fevereiro de 2018

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           As chuvas em fevereiro não deram trégua. Antes de ontem, por exemplo, aqui na minha rua caiu uma árvore daquelas grandes. Ainda bem (para mim, claro) que foi no outro quarteirão. De todo modo, não vitimou ninguém e não destruiu nenhuma casa: atingiu o asfalto.              Se a árvore em frente à minha casa também cair, a conversa vai ser diferente. Mesmo estando do outro lado da rua, se a queda for para cima da minha casa, meu enterro será dentro de um envelope (e dos pequenos): a árvore é enorme. E linda! É um chapéu-de-sol.              Segundo a Wikipédia (acesso hoje, 28/02/2019), trata-se da amendoeira-da-praia ( Terminalia catappa L.) e tem vários outros nomes: amêndoa, amendoeira, castanheira, anoz, árvore-de-anoz, castanholeira, coração-de-nego, castanhola, sete-copas, chapéu-de-sol, guarda-sol, terminália, figueira-da-índia (Angola) e caroceiro (São Tomé e Príncipe).             A enciclopédia livre informa que é uma árvore de grandes dimensões e que pode